Amazon prepara maiores despedimentos da sua história para reforçar aposta na inteligência artificial

A Amazon confirmou que vai avançar com uma nova vaga de despedimentos em larga escala, considerada a maior da sua história, que poderá afetar até 30 mil postos de trabalho corporativos. A medida, que visa reduzir custos e acelerar o investimento em inteligência artificial e automação, foi revelada por fontes internas e confirmada parcialmente pela empresa, que reconheceu cerca de 14 mil cortes imediatos.

De acordo com a agência Reuters, os despedimentos incidem sobretudo sobre equipas administrativas e funções de gestão nas sedes corporativas da multinacional, sem afetar diretamente os trabalhadores de armazéns e logística. O plano faz parte de um processo de reestruturação destinado a “simplificar operações e aumentar a eficiência”, segundo comunicado divulgado pela direção da Amazon.

A empresa justifica a decisão com a necessidade de se adaptar às novas exigências do mercado tecnológico e de concentrar recursos em áreas estratégicas como a inteligência artificial, computação na nuvem e automação de processos. “Estamos a fortalecer a estrutura da organização e a preparar-nos para o futuro digital”, lê-se na nota oficial publicada no portal About Amazon.

Os cortes surgem num contexto de crescimento financeiro da gigante do comércio eletrónico, que registou lucros sólidos nos últimos trimestres. No entanto, analistas consideram que o movimento reflete uma tendência global entre as grandes tecnológicas de reduzir equipas humanas para abrir espaço à transição digital.

Apesar do impacto social e económico das demissões, a Amazon garantiu que oferecerá compensações e apoio profissional aos trabalhadores afetados. Estima-se que as reduções ocorram principalmente nos Estados Unidos, mas possam estender-se à Europa e à Ásia.

Esta é a maior reestruturação da empresa desde 2022, quando a Amazon também reduziu o número de funcionários após o período de forte expansão vivido durante a pandemia. Continue lendo

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