Premier de KwaZulu-Natal pede cooperação com Moçambique e Eswatini para travar crimes transfronteiriços

O primeiro-ministro da província sul-africana de KwaZulu-Natal, Thami Ntuli, apelou ao governo nacional para reforçar o diálogo com Moçambique e Eswatini, com o objetivo de conter o aumento da criminalidade ao longo das fronteiras a norte da província.

De acordo com Ntuli, os crimes transfronteiriços — como o roubo de viaturas, o tráfico de drogas e o contrabando de gado — têm vindo a crescer de forma alarmante, colocando em causa a segurança das comunidades locais e dificultando o trabalho das autoridades policiais.

“O governo nacional precisa envolver-se diretamente com os países vizinhos para encontrarmos soluções conjuntas e eficazes”, afirmou o Premier, sublinhando a necessidade de uma estratégia de cooperação regional que inclua o reforço das patrulhas fronteiriças e o intercâmbio de informações entre os serviços de segurança.

Ntuli defende ainda que a vigilância nas zonas fronteiriças deve ser acompanhada por políticas de desenvolvimento local, para reduzir a vulnerabilidade das populações que vivem do comércio informal e do pastoreio.

O governo provincial de KwaZulu-Natal tem vindo a trabalhar em estreita colaboração com a Polícia Sul-Africana (SAPS) e outras estruturas de segurança, numa tentativa de travar o fluxo de atividades ilícitas que atravessam diariamente as fronteiras com Moçambique e Eswatini.

Especialistas alertam, no entanto, que o combate ao crime organizado nesta região exigirá uma ação coordenada entre os três países e o apoio de instituições internacionais, dada a extensão das fronteiras e a escassez de meios de vigilância disponíveis.

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