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Reservas de ouro de Moçambique valorizam mais de 27% em 2024 e atingem 290 milhões de euros

As reservas de ouro do Banco de Moçambique registaram uma valorização superior a 27% em 2024, atingindo o equivalente a 290 milhões de euros (aproximadamente 332 milhões de dólares), de acordo com dados oficiais divulgados pela instituição.

A subida ocorre sem qualquer alteração na quantidade de ouro detida pelo banco central — que permanece estável desde 2022 em cerca de 126.575 onças (cerca de 3,59 toneladas). A valorização resulta, assim, exclusivamente do aumento do preço do ouro nos mercados internacionais.

Em 2023, as reservas já haviam registado um crescimento de 13,4%, passando de 230 para 261 milhões de dólares. Com o acréscimo de 71 milhões de dólares em 2024, o ouro consolidou-se como um dos activos mais resilientes do portefólio de reservas internacionais do país.

A tendência acompanha a valorização global do ouro, impulsionada por factores como a instabilidade geopolítica, a inflação persistente em várias economias e a procura acrescida por activos considerados seguros. Em 2024, o preço do ouro registou uma valorização superior a 27%, favorecendo países com reservas significativas do metal precioso.

Especialistas apontam que, num contexto de vulnerabilidades externas e desafios económicos internos, a valorização das reservas de ouro representa uma almofada estratégica para o país. Para além de reforçar a posição cambial do Banco de Moçambique, aumenta a margem de manobra da política monetária perante eventuais choques externos.

Apesar do desempenho positivo, Moçambique ainda mantém uma proporção modesta de ouro no total das suas reservas internacionais, que incluem igualmente divisas, títulos e outros activos financeiros. O Banco de Moçambique não avançou, até ao momento, planos para expandir fisicamente as suas reservas de ouro. Lusa

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