
Maputo, 11 de Novembro de 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, exigiu hoje a identificação, detenção e responsabilização dos autores de raptos, tráfico de drogas e outros crimes transnacionais, lançando um desafio directo aos novos oficiais superiores da Polícia e dos Serviços Penitenciários.
Numa cerimónia realizada na Presidência da República, o Chefe de Estado e comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança apelou à adopção urgente de medidas mais flexíveis para “livrar o país dos crimes transnacionais” e “libertar Moçambique da corrupção, dentro e fora da Polícia”.
Dirigindo-se aos novos adjuntos-comissários da Polícia da República de Moçambique (PRM), Rosário Miquitaio e Valetim Chiconela, Daniel Chapo foi peremptório: “Temos de acabar com a sensação de impunidade que ainda paira sobre estes crimes graves.”
Na mesma ocasião, foram patenteados como primeiros adjuntos-comissários dos Serviços Penitenciários Jaime Manel e Quiazale de Sousa, aos quais o Presidente fixou prazos curtos para pôr fim às “anarquias” nas cadeias moçambicanas.
“É inadmissível que, das nossas penitenciárias, se continuem a organizar burlas por telemóvel, que os reclusos tenham acesso quase normalizado a telemóveis e que haja libertações ilegais fruto de esquemas de corrupção montados dentro das próprias prisões”, declarou Daniel Chapo.
Os novos responsáveis penitenciários receberam ainda a missão de promover penas alternativas à prisão e de aumentar a produção agrícola nas cadeias, de modo a melhorar a dieta alimentar dos reclusos.
No mesmo acto, tomou posse o Brigadeiro Colane Assane como Chefe do Estado Maior da Casa Militar, unidade responsável pela segurança directa do Presidente da República.
Com estas nomeações e exigências, Daniel Chapo reforça a pressão sobre as forças de segurança para uma resposta mais eficaz ao crime organizado e à corrupção, num momento em que os raptos e o tráfico de drogas continuam a gerar alarme na sociedade moçambicana.
