
Uma menina de 12 anos foi sucessivamente violada pelo próprio pai, que a ameaçou de morte caso ela revelasse os abusos. O crime, ocorrido nas últimas semanas, veio à tona após familiares notarem mudanças drásticas no comportamento da vítima, que passou a se isolar e a chorar constantemente.
De acordo com relatos de um familiar próximo, a situação foi descoberta quando a esposa dele, que é médica, conseguiu, após muita insistência, que a criança contasse o que estava acontecendo. A menina narrou que o pai, identificado como Carlos José Fernando, desligou a energia da casa e a levou para o seu quarto, alegando não conseguir dormir sozinho no escuro. Foi nesse ambiente que ele iniciou os abusos sexuais, violando-a e ameaçando matá-la se ela contasse a alguém. A vítima afirmou que os episódios de violência se repetiram por diversas vezes.
Preocupados com a gravidade da situação, a família, incluindo a mãe da menina, uma tia e o seu professor, a levaram imediatamente a um hospital. O exame médico confirmou a violação sexual, conforme atestado por documentos hospitalares.
Ação Policial Questionada e Acusação de Extorsão
Com o laudo médico em mãos, a família dirigiu-se à 15ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique, no bairro da Mafalala, para formalizar a denúncia. Os agentes saíram com os familiares para prender o suspeito. No entanto, durante o confronto, o pai negou veementemente as acusações. Intimidada pela presença paterna e temendo pelas ameaças recebidas, a menina não conseguiu confirmar a denúncia na frente dele.
Segundo o relato do denunciante, a polícia decidiu então liberar Carlos José Fernando, alegando falta de provas e acusando a família de estar a incriminá-lo injustamente. Para agravar a situação, os agentes teriam detido a tia da menina e exigiram o pagamento de uma quantia em dinheiro para que ela fosse libertada.
Documento Hospitalar Anexado à Denúncia
Para corroborar a história, a família compartilhou com as autoridades um documento do Ministério da Saúde de Moçambique, uma “Ficha de Referência de Serviço de ATS”, datada de 18 de novembro de 2023. O formulário, utilizado para encaminhamento entre serviços de saúde, serve como prova de que a criança foi atendida no sistema de saúde pública, embora o resultado específico do exame de corpo de delito não esteja detalhado no papel.
Caso Gera Revolta e Pedido de Justiça
O caso expõe uma grave falha no sistema de proteção à criança e levanta sérias questões sobre a conduta policial. Enquanto a vítima, uma criança de 12 anos, enfrenta o trauma da violência sexual cometida por seu próprio progenitor, a família luta não apenas por justiça, mas também contra a suposta negligência e corrupção das autoridades que deveriam protegê-las.
A situação permanece em aberto, com o suspeito em liberdade e a família em estado de alerta, clamando por uma investigação rigorosa que leve o agressor à justiça e apure a conduta dos policiais envolvidos. Imagem ilustrativa
