
Um vídeo que começou a circular esta semana nas redes sociais está a gerar forte indignação pública ao mostrar alegadas práticas de discriminação racial no posto fronteiriço de Ressano Garcia, na província de Maputo. Nas imagens, gravadas por viajantes que aguardavam atendimento, é possível ver duas filas distintas a serem formadas: uma composta maioritariamente por cidadãos negros e outra por cidadãos “brancos”, estes últimos a avançarem com prioridade no processo de carimbo de passaportes.
A gravação, amplamente partilhada no Facebook, WhatsApp e TikTok, mostra ainda protestos de alguns viajantes, que acusam os agentes fronteiriços de promoverem uma segregação injustificada. “Isto é racismo aberto!”, grita um dos presentes, enquanto outros exigem explicações sobre a separação das filas.
A circulação do vídeo reacendeu o debate sobre o tratamento dado aos cidadãos em pontos de entrada e saída do país, especialmente no principal corredor entre Moçambique e a África do Sul. Muitos utilizadores das redes sociais classificam as imagens como “vergonhosas” e pedem uma investigação imediata das autoridades competentes.
Até ao momento, o Ministério do Interior ainda não se pronunciou sobre o vídeo, mas cresce a expectativa por uma resposta oficial que esclareça os factos e determine eventuais responsabilidades.
