
Niassa Celebra com Exaltações a Venâncio Mondlane e Rejeição às Comemorações Oficiais

Niassa — 25 de Junho de 2025
Num gesto simbólico e politicamente carregado, duas regiões da província do Niassa — os distritos de Maúa e Mandimba — optaram por não se associar às celebrações oficiais do 25 de Junho, data consagrada como o Dia da Independência Nacional. Em alternativa, organizaram eventos autónomos, denominados de forma crítica como “Dia da Suposta Independência”, nos quais se destacou a rejeição à legitimidade do governo actual e o apoio declarado a Venâncio Mondlane, considerado pelos participantes como o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais de Outubro de 2024.
No povoado de Nankura, Localidade de Mugoma, distrito de Maúa, a Aliança Feminina organizou uma cerimónia marcada pela presença do Delegado Político Distrital e uma forte mobilização popular. O evento foi descrito como um espaço de reflexão crítica sobre o real significado da liberdade e da soberania nacional, num momento em que muitos cidadãos sentem que a independência proclamada em 1975 perdeu o seu conteúdo prático.
Já em Mandimba, também no Niassa, a Delegação Política Distrital promoveu uma cerimónia semelhante, marcada por manifestações culturais e um forte tom de resistência. O momento mais emblemático do evento foi protagonizado pelo grupo artístico Anamalita, que recitou versos de exaltação a Mondlane, num ambiente de grande emoção e coesão popular.

“Viva Venâncio! Viva Venâncio!
Venâncio tem o povo! Venâncio tem o povo!
Povo unido! Povo unido!”, ouve-se num dos vídeos publicados por Venâncio Mondlane.
Estes cânticos, entoados por dezenas de vozes, ecoaram como sinal claro de uma mobilização crescente em torno do líder da oposição, que continua a denunciar irregularidades eleitorais e exigir a reposição da verdade eleitoral.
Tanto em Nankura como em Mandimba, as populações afirmaram a sua desobediência simbólica face ao regime actual, recusando o que consideram ser uma independência meramente formal, esvaziada de justiça, liberdade e igualdade. Mais do que comemorar, disseram os participantes, trata-se de resgatar a esperança nacional através de novos protagonistas e uma nova visão para Moçambique.
Com a informação de Venâncio Mondlane
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