
País assegura assistência técnica e financeira para implementação de novo programa económico
A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) deslocada a Moçambique, no próximo mês, vai debater as reformas em curso no contexto da nova visão governativa de desenvolvimento, anunciou ontem o Chefe de Estado.
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Daniel Chapo, após um encontro com o director-geral adjunto do FMI, Bo Li, na sede desta organização, em Washington, Estados Unidos da América (EUA), no quadro da visita que o Presidente da República efectua àquele país, disse que o encontro abriu uma oportunidade para que o país receba mais apoio para um novo programa de financiamento e assistência de desenvolvimento.
“No encontro não só falámos dos progressos que o nosso país tem alcançado, mas também reconhecemos que temos ainda desafios macro-económicos e financeiros, cujo suporte do FMI vai ajudar a trabalharmos juntos”, sublinhou o Chefe de Estado.
Entre os constrangimentos apontados pelo Presidente, Daniel Chapo referiu o nível da dívida pública, necessidade de melhorar a eficiência na gestão fiscal, combate à corrupção e falta de transparência.
“Felizmente, o nosso país precisa estar preparado para crescer, para trabalhar com todos e fazer crescer o nosso país, de uma missão a Moçambique, para dar apoio técnico rumo à materialização do novo programa, cujo foco central é estabilização macro-económica e financeira do país”, disse.
Chapo fez também menção à necessidade de diversificação da economia moçambicana, numa altura em que a receita é excessivamente baseada na indústria extractiva, principalmente hidrocarbonetos, onde se destaca o gás natural.
O FMI tem sido parceiro estratégico para o país, designadamente a saída da “lista cinzenta” do GAFI e o avanço de projectos de gás natural na bacia do Rovuma, com destaque para Coral Norte e a expectativa de mobilizar investimento de sete mil milhões de dólares, o que contribuirá ao melhoramento da situação macro-económica.
O Presidente realçou ainda o esforço da diversificação da economia em um país que “não nos concentramos apenas nos recursos das indústrias extractivas, mas áreas como agricultura, turismo ou indústria”.
Entretanto, Bo Li destacou este encontro como ocasião para debater os desafios e oportunidades para Moçambique no contexto da implementação do novo programa revisto de assistência financeira.










